Gostava de construir uma estória das minhas à volta de ti.
Uma daquelas estórias onde os diálogos são fáceis, as palavras ditas, sempre
ditas e nunca reféns do silêncio. Esse silêncio que toma como certo um tempo
que nunca se sustêm naquele ponto, naquele momento que nunca retorna. Chamam-lhe
presente, mas para os reféns do silêncio, como eu, será sempre passado, pretérito, ou
simplesmente o que nunca foi. Gostava de
construir uma estória das minhas com os retalhos das memórias que ficaram espalhadas
em cima de um mesa qualquer, a perderem a cor, que não devemos deixar as
fotografias à luz nem lhes pôr os dedos em cima. Gostava de te dizer que o teu
rádio já funciona, os teus discos já tocam de novo, que a minha vida segue
agora outro caminho, e que fiz hoje aqueles doces que tanto gostavas, bons para
acompanhar o café
(não ouves o chiar da cafeteira italiana?). Depois
sentavas-te nessa cadeira imaginária que a saudade traz sempre com ela e eu
dir-te-ia que os diálogos não têm de começar sempre com um parágrafo e
travessão.
Brisas do Lis
8 gemas
2 ovos inteiros
250 g de açúcar
100 ml de água
100g de amêndoa
1 colher de sopa de manteiga derretida
Leve o açúcar e a água num tachinho ao lume até fazer ponto de pérola. Retire e deixe arrefecer. Misture os ovos, as gemas e amêndoa. Junte a calda e a manteiga. Unte forminhas de queque ( pequenas) com manteiga e polvilhe-as com açucar. Encha-as até 2/3 e leve a forno pré-aquecido a 200ºg durante cerca de 15-20minutos, num tabuleiro com água quente ( esta não deverá passar metade da altura das formas)
Deixe arrefecer e desenforme.