sábado, agosto 31

Regresso

Regressávamos sempre, mesmo quando partíamos cedo para lá chegar antes do almoço. Da janela do carro via as árvores que corriam atrás de nós, pingando o fim de tarde nas folhas, porque o regresso, nas memórias, se faz sempre ao fim da tarde. E no silêncio interrompido por aquela amargura sem palavras, a que chamavam saudade de lá, aprendi a não perguntar muita coisa porque o que não se sabe também não se esquece.

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